terça-feira, 1 de julho de 2008

Perfil de Franco

Franco destacou-se pelo seu valor e frieza no combate.

Destinado novamente a Marrocos com o grau de tenente-coronel, assume o comando da Legião em 1923 e participa activamente no desembarque de Alhucemas e na reconquista do Protectorado (1925). É, com Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirige a Academia Militar de Saragoça.

Quando da implantação da República (1931) é afastado de cargos de responsabilidade (é destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares). O triunfo das forças de direita em 1933 fá-lo regressar a altos cargos do exército. Planifica a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando Gil Robles ocupa o Ministério da Guerra, é nomeado chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o governo da Frente Popular nomeia-o comandante militar das Canárias. Dali mantém contacto com Mola e Sanjurjo, que preparam o levantamento militar.

Em Janeiro de 1938 converte-se em chefe de Estado e do governo. Anos mais tarde diz que apenas presta contas da sua actividade «perante Deus e perante a história». Ao que parece, está convencido de ser o homem escolhido pela divina providência para reger os destinos de Espanha.

Terminada a guerra civil empreende a reconstrução do país. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos se prolongam durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo que recebe o nome de franquismo.

A morte deste num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre após longa doença num hospital de Madrid.

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